A paleta Pantone é a referência de cor mais utilizada nos mercados gráficos, decoração, moda e outros. Mas o que vem a ser uma tabela de cor Pantone e como deve ser usada?
Criada em 1963 por Lawrence Herbert, que ao perceber como era difícil para os designers, agências de publicidade e tipógrafos se comunicarem para identificar as cores exatas por seus nomes durante um trabalho na empresa especializada em tabelas de cores para cosméticos, moda e indústrias medicinais onde era funcionário, decidiu criar uma solução. Para resolver esse problema, desenvolveu uma linguagem de cor com o objetivo principal de reduzir o tempo e custos dos trabalhos. Foi então que lançou o PMS (Pantone Matching System), que consistia em um manual de cores padronizadas com apenas dez cores.
A ideia por trás era que qualquer impressora pudesse reproduzir a cor de acordo com as instruções contidas nele, especialmente quando as gráficas precisam chegar a uma cor específica que não pode ser representada pelo CMYK, como cores metalizadas e fluorescentes, ou quando há a necessidade da reprodução exata para a padronização de uma marca.
Com o sucesso do manual de cores padronizadas, a Pantone tornou-se uma referência na padronização de cores, sendo um instrumento fundamental no mundo gráfico, de moda e design. Atualmente, realiza parcerias na produção de roupas, itens de decoração e acessórios que levam os nomes e cores da tabela, consolidando-se como sinônimo de padronização de cores. Além disso, todos os anos a Pantone divulga a cor do ano, influenciando a criação de produtos e decisões de compra em múltiplas indústrias.
Mas afinal, preciso usar a tabela Pantone?
Diferente do que muitos acreditam, a Pantone não é a única tabela de referência de cores que existe. O fato de ser a mais famosa facilita a comunicação entre empresas e clientes, mas o custo alto para manutenção da tabela, que possui diversas regras de estoque, iluminação e prazo de validade (normalmente um ano), acaba encarecendo o uso. Nesses casos, empresas podem optar por outras tabelas de menor custo ou até mesmo desenvolver sua própria tabela de referência, o que pode facilitar a comunicação com o cliente final.
Pantone nas impressões digitais
Como a origem da padronização do Pantone está no mercado gráfico analógico, algumas diferenças importantes precisam ser levadas em consideração. Algumas cores da tabela são desenvolvidas em processos que exigem composições mais complexas na impressão digital. Por exemplo, uma impressora solvente precisa levar em consideração o nível de absorção de tinta do material, a temperatura máxima suportada, o resultado pós secagem e o brilho do material. No caso da sublimação, a temperatura de transferência e a qualidade do papel interferem diretamente no resultado final.
Além do processo, é importante entender as limitações dos equipamentos. Quando utilizamos equipamentos com apenas quatro cores, o gamut de cor é menor, limitando a reprodução de algumas cores.
A alternativa para quem utiliza processos de impressão digital e não deseja investir em padronização com o Pantone é a produção de sua própria tabela de cores. Isso permite maior fidelidade e pode ser aplicado nos materiais oferecidos ao seu cliente. A maioria dos softwares RIP do mercado possui tal ferramenta, como o Rasterlink, que tem a função de tabela de cores, permitindo ao operador imprimir padrões de cores que depois podem ser aplicados com o uso de programas gráficos de forma bem simples.
As tabelas impressas podem ser enviadas diretamente para clientes, designers e parceiros, criando uma padronização mais eficaz e de menor custo. Portanto, embora o Pantone seja muito utilizado, não é a única solução para agilizar a produção na impressão digital.
Confira abaixo como é simples instalar um perfil de cor no Software RIP da Mimaki – RasterLink6: